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Ar Fresco

segunda-feira, outubro 31, 2005

Ágora (V) - ainda o referendo

Em Portugal não será possível fazer uma discussão séria e profícua sobre a questão da IVG. Da esquerda sobeja azedume contra a direita "conservadora", da direita vem o mesmo"asco" ante um crime lesa cristandade

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Em Portugal, é difícil acontecer qualquer discussão com um mínimo de regras e, acima de tudo, com bom senso. Neste cantinho da Europa discute-se quase sempre com muita paixão e pouca razão. O que interessa é "falar alto" e deitar abaixo o adversário, mas não necessariamente de uma forma intelectual...

Foi com surpresa que, na Universidade, tomei contacto com o modelo anglo-saxónico de debate e com as debating societies. Então não foi que descobri que era possível debater entusiasticamente, sem interrupções, com respeito quase total pelo tempo e ainda haver oportunidade de discutir com a "plateia".

Voltando ao tema do post, haver uma discussão séria sobre este tema é impossível e o primeiro referendo foi um exemplo claro. Os partidários do NÃO usaram do populismo cristão e pseudo-constitucionalista; os partidários do SIM usaram do populismo esquerdalho da humilhação dos julgamentos, do exemplo do resto da Europa, do ataque à Igreja e dos católicos e da raiva anti-direita.

O que quer esquerda, quer direita não querem saber é que isto não é uma questão de direita ou esquerda, mas uma questão pessoal - de CADA CIDADÃO, em particular. O que eles não querem saber é que as discussões histéricas só afastam eleitores das urnas e que apenas as trincheiras do debate ficam mais fundas, mais afastadas e incomunicáveis.

Para poupar os portugueses a este espectáculo triste que se adivinha, proponho que o PS avance com uma proposta em AR e eles que a discutam com as suas comissõezinhas no parlamento e votem livremente, sem imposições partidárias, como bem entenderem. Mas poupem-nos o debate, que não sabem ter e que não merecem.

Ágora (IV) - promessas eleitorais

Comparar o não cumprimento da promessa de não aumentar os impostos com o cumprimento de levar a IVG a referendo é tão absurdo como misturar questões económicas com questões político-morais

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Muito se tem elogiado a decisão de Sócrates em não ter avançado com uma proposta em AR para a questão da IVG (interrupção voluntária da gravidez), uma vez que havia prometido a realização de um referendo.

Por outro lado, entre outras promessas não cumpridas, a do não aumento dos impostos tem sido a mais contestada, bem como a questão dos estudos para avançar com a nova idade da reforma.

Ora as duas coisas (IVG e impostos) são muito diferentes. Embora sendo ambas as decisões políticas, os impostos são aqueles onde haveria menos margem de manobra. Bem sei que se poderia ter tentado optar por outras medidas como mais cortes na despesa, outro tipo de impostos, etc. Mas falando em termos económicos, e no que respeita ao cumprimento de metas perante a UE, o aumento seria inevitável e, deste modo, deveria ser aceitável o aumento até por um pseudo-desconhecimento do "real" valor do défice.

Já a IVG seria sempre uma questão meramente política. Se considerarmos que o PS, BE e PCP e até mesmo parte do PSD são a favor da IVG, se aceitarmos que os cidadãos votaram nos "programas" destes partidos sabendo da sua vontade e posição, porque não avançar com uma proposta em AR. A promessa de referendo foi um "chuta para canto" de Sócrates para não ter a chatice de enfrentar mais uns quantos sectores da sociedade portuguesa, com a Igreja Católica à cabeça.

Se Sócrates avançasse com uma proposta seria um exemplo claro de coragem política. Mesmo quebrando uma promessa, a do referendo, o eleitorado sabia, sabe e conhece a posição global do PS sobre esta matéria.

Se os impostos eram um imperativo conjuntural e económico, já a questão da IVG é uma decisão "meramente" política.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Ainda as Letras e Literaturas... uma utopia

«E assim a Faculdade de Letras se petrificou pouco a pouco numa escola de formação de professores de Letras. Mas ela não ministra qualquer formação especificamente pedagógica e didáctica; nem por outro lado selecciona à entrada os candidatos segundo a sua vocação pedagógica. (...) Assim se compreende a tentação de a substituir por uma verdadeira escola profissional de professores. Mas esta solução acarretaria a destruição das poucas possibilidades de investigação e de livre especulação que existe ainda em Portugal.»

Este excerto, retirado do blog de Henrique Jorge, pertencente a António José Saraiva é de 1976!!!

Já aqui havia falado anteriormente, em a problemática dos cursos de Letras, na necessidade de não "tecnicizar" os cursos (Henrique Jorge usa a expressão "superstição do produtivismo").

O que este texto traz de "novo" é a discussão sobre a agonia que a investigação sofre um pouco por todo o lado e, especialmente, em Portugal.

Muitos colegas de Letras (e até eu próprio) não optaram por mestrados/doutoramentos por razões económico-profissionais. Isto é, quem é que se interessa; onde vou publicar o que investigar; quem me dará trabalho como investigador.

Sabemos que os ensaios vendem muito pouco, especialmente nas Literaturas. Sabemos que o corporativismo que existe nas Universidades, aliado às dificuldades orçamentais impede a contratação de investigadores a tempo inteiro (mesmo docentes...). Tudo isto porque a investigação em Letras não tem uma razão produtiva por detrás, como certas ciências, onde a aplicação comercial é imediata.

A minha última esperança é que, perdoem-me os professores, a Faculdade de Letras acorde a tempo e mude de rumo. Como as saídas profissionais para o ensino estão sobrelotadas e como o interesse por essa saída, e até por esses cursos, está a decair virtiginosamente, resta às faculdades renovarem-se e apostarem fortemente, quer em novas saídas com objectivos de "produtivismo" (tradutores, editores, revisores de texto, área da comunicação, dinamizadores culturais, etc.), quer na área da investigação (mantendo os melhores e atraindo novos valores).

Terá este desejo mesmo de ser utópico?

segunda-feira, outubro 10, 2005

Para quê uma microcausa?

Ao surgirem os primeiros blogues contra a(s) microcausa(s) blogosférica(s), anunciam-se razões de audiência e interesses ocultos do principal impulsionador, Paulo Gorjão.

Os críticos da microcausa Público afirmam que os seguidores apenas querem um link e escrevem como sendo umas virgens impolutas. Eles acreditam piamente no jornal de referência e dizem que nada tem a provar. E que muito menos cederá a qualquer pressão "menor".

A questão é que a blogosfera é hoje em dia a fonte de algumas notícias e que o impacto desta, por enquanto, microcausa não será sentido. Talvez esse seja um erro que lhes poderá custar caro.

Pelos outros não posso falar, mas em relação à posição deste blogue sobre este caso, mesmo que não pretenda saber ao certo quais os nomes das fontes envolvidas no Felgueirasgate, acho estranho que o Público não tenha, pelo menos, contradito as afirmações de Fátima Felgueiras, quando lhe deu uma página de direito de resposta. Especialmente se compararmos com o que foi feito no caso de Cavaco.

Quando os detractores afirmam que se fosse no 24 Horas não haveria microcausa, resta-me dizer que é precisamente por ser o Público que esta microcausa faz sentido.

Estranho é o facto de alguns leitores acharem normal o comportamento do jornal. Seja o Público, o DN, a Visão ou o Expresso que haja muitas microcausas.

Ágora (III) - rescaldo autárquicas 2005

Na noite de todas as derrotas, a Esquerda continua maioritária. O PS não perdeu assim tanto e o PSD não foi tão vitorioso como queriam que fosse. CDU mantém tendência de recuperação. Grandes derrotados foram o BE e o CDS – para reflectir... numa noite em que até a abstenção perdeu!

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Somadas as percentagens dos maiores partidos, temos que a Esquerda contabilizou cerca de 49 % dos votos expressos, 1003 mandatos e 136 vitórias concelhias, contra 43%, 874 mandatos e 151 vitórias concelhias da Direita, respectivamente (excluindo candidatos indepoendentes). A Direita ganha em concelhos, mas em muitos não tem a maioria na vereação.

PS
Comparativamente com 2001, e não se pode comparar com as Legislativas, o PS ganhou! Concorrendo sozinho em 307 concelhos (vs 295, em 2001) obteve maior percentagem de votos expressos (35,87 vs 34,31), mais mandatos (796 vs 775) e menos concelhos (103 vs 105). Perdeu nos grandes centros urbanos é certo, se excluirmos Braga (3ª maior cidade do país)...

A grande vitória foi não ter cedido a uma análise nacional e assumir a derrota autárquica, prometendo levar o mandato até 2009 (que acredito assim será, mesmo com Cavaco).

PSD
Vitorioso, mas não tanto. Venceu grande parte das câmaras mais importantes, exceptuando Lisboa, em coligação. Beneficiou de muito voto útil da Direita, tal como Sócrates o havia conseguido nas Legislativas, em relação ao centro. É sem dúvida, uma boa vitória para Marques Mendes. Obviamente o grande vencedor da noite. Aumentou os mandatos e as câmaras.

CDU
A segunda vencedora da noite. Ganha 3 mandatos e 4 novas câmaras em relação a 2001. Acentua a tendência de crescimento e aumenta a curiosidade sobre o que vai fazer nas presidenciais. Peniche e Barreiro foram as mais saborosas.

BE e CDS
O BE perdeu apenas um mandato, mas ficou àquem da tendência de subida desde 2001. Perdeu a sua cruzada contra os "candidatos bandidos", alimentando-lhes até o tempo de antena. O CDS é o grande perdedor, apesar de conquistar algumas câmaras em coligação e de aí ter o seu mérito. Contudo, manteve apenas o Limianismo. Para reflectir... a sério, a queda desde Portas.

Nota - Nesta análise foram apenas usados dados estatísticos nacionais e relativos às candidaturas em que os partidos avançaram sozinhos, sem coligação. Apenas foram contabilizadas as coligações no confronto Esquerda/Direita.

sexta-feira, outubro 07, 2005

O crítico implacável...

Bem haja João Pedro George (JPG)! Já cá faziam falta críticas objectivas e sem pudor. O que JPG se propôs fazer foi um exercício masoquista de ler de um só trago a obra completa de Margarida Rebelo Pinto (MRP). Já previamente, havia feito o mesmo para Miguel Sousa Tavares, mas aqui apenas em relação ao Equador.

Mas o que escapou a JPG, após a leitura das obras de MRP, foi sem dúvida uma consulta ao respectivo site da autora. Se o tivesse consultado ficaria a saber como se escreve um romance à la MRP. Vejamos umas "dicas".

Para os argumentos:
"Construção de personagens"

As histórias que mais nos prendem são aquelas em que o herói vence as adversidades, é essa vitória que faz dele um herói. Não deixe que a acção comande a história. Os seus heróis têm de ser mais fortes [os heróis que vencem são os mais fortes e ao vencerem (por isso é que) são heróis e têm de ser os comandantes da história e não a acção!]. Por outro lado, eles devem ser como os humanos: complexos, imperfeitos, ambivalentes, nem bons nem maus, incoerentes, para que parecem (Sic) reais. [lá imperfeitos e incoerentes são sem dúvida os seus personagens...] Nada de personalidades só com qualidades, não há nada mais chato do que pessoas ou personagens perfeitas. E para construí-las, tem de lhes dar um passado, pais e irmãos, infância, com aventuras e traumas [todos com aventuras e traumas?], momentos-chave do seu crescimento. Para isso é que servem as fichas que devem ter: local e data de nascimento [muito importante e definidor do carácter...], nome dos parentes a amigos mais próximos, datas importantes, escola que frequentou [este é talvez o aspecto mais importante de uma personagem, capaz mesmo de vir a ser a "explicação para o seu comportamento" futuro...], bairro onde vivia, primeiro namorado, etc. É ao passado de uma personagem que podemos ir buscar a explicação para o seu comportamento [melhor que isto, só mesmo Freud]. [Os sublinhados são meus]

Para as crónicas:
"Escolha do tema"

Quando não se escolhe um tema, corre-se o risco de se andar a divagar sobre várias realidades e perde-se o fio lógico [faz o que eu digo e não faças o que eu faço...]. Uma (Sic) conceito ou uma ideia-base são fundamentais, mesmo que depois se desvie do principal [Então como ficamos, define-se um tema, escolhe-se a ideia-base e depois não faz mal desviarmo-nos...]. O importante é saber do que é que se vai falar, antes de decidir o que vai dizer. [sublinhados meus]

"O estilo"

Antes de iniciar uma crónica, deve saber para que meio se destina e adaptar o seu tom ao meio em questão [para mim, este é sem dúvida o grande mérito da autora, a escolha do público-alvo]. Mas o tema escolhido também define o tom escolhido [o tema define o tom, certo?]. E o autor deve ter a capacidade de escolher um tom adequado ao assunto [mau! afinal é o assunto que deve definir o tom ou é o tema? ou é o autor?]. Depois, deve manter o tom escolhido, do princípio ao fim do texto [Não haja dúvida coerência em toda a obra]. [sublinhados meus]

A única coisa que JPG não teve em conta foi o público-alvo da autora. Quem a lê é porque gosta ou porque não conhece, nem (se) exige, melhor. Gostava de acreditar que, embora sendo para muitos a primeira leitura, os leitores depois de a lerem se tornassem mais exigentes; cultivassem o gosto e quisessem conhecer novos autores. Gostava de acreditar que pop e "escrita urbana" neste caso não sejam metáforas e eufemismos do que JPG teve a coragem, e o trabalho, de demonstrar e, acima de tudo, desmascarar: que número de vendas não são sinónimo de qualidade.

Chamem-me snob, chamem-me elitista, "cânonista" e o que quiserem, mas ou muito me engano ou MRP nunca fará parte do cânone dos autores estudados nas faculdades de letras. Já como caso de estudo sociológico, eu até agradecia.

Post dedicado ao trabalho de JPG.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Ágora (II) - a questão do aborto

A Esquerda desesperada (e alguma sem muitas certezas) quer o referendo já, com medo que Cavaco seja presidente. A Direita procura, no mínimo, adiar a questão, contando também poder ter um presidente do seu lado.

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Ao propor um referendo ao aborto, encurralando-o entre as Autárquicas e as Presidenciais é um erro absurdo que o PS, PCP e BE estão a cometer. Contudo, como o CDS não está ciente desse erro, vai tentando protelar o referendo até Cavaco estar na Presidência.

Passo a explicar: já no primeiro referendo, e embora a maioria dos partidos permitissem o voto pessoal, o católico Guterres havia-se sentido dividido entre o partido/Governo e a sua religião/crença. Este facto, juntamente com uma campanha inexistente ou fraca, levou à falta de empenhamento dos partidários do SIM e à falta de esclarecimento dos cidadãos.

Nesse momento, o NÃO, através de uma campanha de atemorização e populismo baixo, apelou à religião dos portugueses (maioria católica) e falou de assassínios e crime anti-constitucional (por se negar o direito à vida). Ainda por cima, calhou num domingo de praia e a abstenção não permitiu que o referendo fosse considerado.

O PS ao propor o referendo para antes das Presidenciais só, aparentemente, tem um objectivo: que o SIM ganhe e Sampaio seja o PR, para o aprovar. Acontece que mesmo sendo Sampaio o PR, o espaço de debate e de esclarecimento vai ser ínfimo, e o NÃO parte na pole position. Deste modo, com uma campanha fraca, com o rescaldo das Autárquicas ainda no ar e as Presidenciais a poucos meses de distância, o SIM não terá muitas hipóteses e acabará por perder.

Para mim, Sócrates não tem coragem política para avançar para uma proposta de lei e aposta que o referendo saia furado. Para ele o importante será apenas o cumprimento da promessa do referendo...

P.S. - Considero incrível a falta de coragem política do PS, BE de avançarem com uma proposta de lei sem consulta aos cidadãos. Independentemente de ser contra ou a favor da proposta de lei, em relação ao aborto, se ambos declararam-se partidários do SIM, e se foram eleitos, que tenham a coragem de avançar. Pelo menos o PCP tem tido a "coerência" de ter defendido esta posição.

Microcausa

[1217] -- PODE O JORNAL «PÚBLICO» SFF ESCLARECER COM QUEM É QUE FÁTIMA FELGUEIRAS MANTEVE CONTACTOS NO SECRETARIADO NACIONAL DO PS? QUANDO É QUE ESSES CONTACTOS TIVERAM LUGAR? QUEM É QUE INFORMOU JAIME GAMA PREVIAMENTE DA LIBERTAÇÃO DE FÁTIMA FELGUEIRAS?

Via Bloguítica !

PS- Porque somos leitores, porque temos direito à indignação e, acima de tudo, ao esclarecimento de informações menos claras!

segunda-feira, outubro 03, 2005

Ágora (I) - pré-autárquicas

Nunca umas eleições foram tão pouco discutidas como estas Autárquicas de 2006. Do referendo ao aborto, das presidenciais às políticas do Governo tudo tem servido para discutir o acessório.

Quando se vê uma abordagem aos candidatos, tem-se referido, essencialmente, as pessoas, o seu cadastro, e a sua (falta de) ética. Quanto a projectos, ideias e análise dos mandatos prévios: nada!

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Independentemente de os resultados destas próximas eleições se revelarem mais como um castigo ao actual partido do Governo, do que uma avaliação dos anteriores mandatos, já houve um perdedor: todos nós.

Julgo mesmo que este factor será determinante em muitos pontos do país (castigo ao PS do Governo). Outro dos perdedores será a classe política, que foi ferida gravemente na sua credibilidade e não se sabe até quando se irão repercutir essas consequências.
Quanto ao vencedor antecipado ele é claramente o populismo. Segundo as últimas sondagens, a maioria dos candidatos "independentes" estarão neste momento à frente e poderão vir a vencer.

Mais preocupante do que as pessoas serem levadas pelo populismo é o facto de muitos deles serem políticos acusados de abuso de poder, de vária ordem, aquando do cumprimento das suas funções enquanto presidentes de câmara. O preocupante é que eles são vistos como Robin Hoods que roubam (caso se confirmem as suspeitas) aos ricos para dar aos pobres e a eles próprios. Ora, os ricos somos todos nós, e principalmente os respectivos co-munícipes, que contribuímos com os nossos impostos.

Mais preocupante é as pessoas não conhecerem sequer os candidatos mais próximos de si, não saberem os progamas, nem sequer as promessas para mais tarde cobrarem e saberem quem é Fátima Felgueiras e Cia. Isto acontece porque os comícios são feitos para a televisão, os debates são produzidos para a crispação e acusações mútuas, pelo meio com faltas de respeito. E porque os cartazes, os folhetos e as acções de rua são ineficazes e ruidosos.

Aconteça o que acontecer, a democracia já começou a perder.

Ágora

Nova rubrica aqui no Ar Fresco. Após a rubrica de desporto, segue-se a parte política.

Uma abordagem sem periodicidade definida ao sabor dos acontecimentos.

"Ágora" porque será um espaço público de discussão e aberto, como sempre, à participação de todos